Pessoas com constante distúrbios emocionais e que se caracterizam principalmente pela dificuldade contínua de adaptação social e de relações interpessoais são as mais suscetíveis ao suicídi○ (Angerami-Camon, 1986, p. 12).
O fenômeno pelo qual o terapeuta deve se debruçar não é a mort€ em si, mas a falta de sentido de vida do paciente. O suicídi○ mas do que um gesto que cala, é um gesto que fala! Para algumas pessoas, o suicídi○ se revela como a última escolha de suas vidas. Kubler Ross (1999, p. 140) afirma que “você e somente você é o responsável pelas suas escolhas. Mas ao escolher, você deve também aceitar a responsabilidade.
O suicídi○ legitima a possibilidade de se morrer e confirma um desespero humano e falta de significados. “Fenômeno complexo, o suicídio configura um assassinat○, em que vítima e agressor são a mesma pessoa” – Vomero, 2003 p. 37.
Dias (1991, p.23) afirma que “(...) o desejo do suicídio viria também acompanhado do desejo inconsciente de matar outra pessoa ou a coisa que o incomoda.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde existem três fatores que se revelam como características do estado da mente de pacientes em crise suicidα:
- Ambivalência – a maioria das pessoas têm sentimentos confusos sobre cometer suicídi○. O desejo de viver e o desejo de morr€r surgem como uma batalha no indivíduo. Existe uma urgência em se libertar da dor de viver e uma corrente contra que manifesta o desejo de viver. Muitas pessoas suicidαs não querem morrer na realidade – apenas estão descontentes com a vida.
- Impulsividade – o suicídi○ é também um ato impulsivo. Como qualquer outro impulso, o de cometer suicídi○ é temporário e dura alguns minutos ou horas. É normalmente despertado por eventos negativos do dia a dia.
- Rigidez – quando a pessoa pensa em suicídi○, seus pensamentos, sentimentos e ações apresentam-se enrijecidos. Eles pensam constantemente sobre suicídi○ e não conseguem perceber outras maneiras para sair do problema. Eles pensam drasticamente.
Se o suporte for oferecido e o desejo de viver for ampliado, o risco suicidα é reduzido. Detalhar o motivo da crise e solicitar que a pessoa disponibilize um tempo para que você possa ajuda-lo, pode ajudar a reduzir o desejo de se matαr.
Fukumitsu, Karina O. Suicídio e Gestalt-terapia. São Paulo, Digital Publish & Print Editora, 2012.
