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Sinais precoces do Autismo

 

 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), descrito inicialmente pelo psiquiatra Leo Kanner em 1943, caracteriza-se por déficit em dois domínios do desenvolvimento: a comunicação social e o padrão repetitivo, restrito de seu comportamento, interesse ou atividades.

 

Sinais precoces do Autismo - Transtorno do Espectro Autista (TEA)

 

Os sintomas iniciais do TEA não são uniformes: podem surgir em alguns casos ainda no primeiro ano de vida, mas na maioria é mais consistente entre 12 e 24 meses de idade.

 

No primeiro ano de vida, podemos observar algumas características de alerta:

 

  • Crianças que estejam no berçário poderão não sustentar o olhar com o cuidador no momento da amamentação, não acompanhando os diversos sons do ambiente ou apresentando extremo desconforto.

 

  • Frequentemente terão mais interesse em um objeto em relação ao rosto do cuidador, não correspondendo ao sorriso, não apresentando balbucios ou a intenção de se comunicar através de choro ou intensidade de sons diferentes.

 

No segundo e terceiro ano de vida, a criança pode apresentar:

 

  • Atraso nas primeiras palavras ou, quando surgem, podem parecer normais, mas com frequência e repetição sem autonomia ou espontaneidade, pouca variação na expressão facial em sua comunicação, e por vezes, pode repetir a fala do adulto (ecolalia), além de não acompanhar o contato visual ou gestual e outras pessoas.

 

  • Pode possuir a tendência de brincar sozinho ou apenas assistir a outras crianças, mas não participando. Quando participa, não compreende bem as brincadeiras. A qualidade ou a variedade na brincadeira pode ser limitada, interessando-se por partes do brinquedo, como a roda do carrinho, sem utilizar o objeto em brincadeira simbólica e engajar-se no “faz de conta”.

 

  • Podem ocorrer também alterações nos hábitos alimentares, restrição dos interesses e alterações motoras, com um padrão repetitivo, sem um propósito específico (estereotipias).

 

O diagnóstico é realizado através de características comportamentais e, até o momento não existem exames ou marcadores específicos, sendo a avaliação clínica e história do desenvolvimento a principal forma de diagnóstico.

 

Soares & Mousinho. Tenho um aluno autista - e agora? Belo Horizone, Artesã, 2021.